do primeiro rabisco até o bê-a-bá
em todos os desenhos coloridos vou estar
a casa, a montanha, duas nuvens no céu
e um sol a sorrir no papel.
Sou eu que vou ser seu colega,
seus problemas ajudar a resolver
te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver.
Serei de você confidente fiel,
se seu pranto molhar meu papel.
Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.
O que está escrito em mim comigo
Ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre sempre em frente, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer.
(Antonio Pecci Filho "Toquinho")
Você conhece esta música ? Acho simplesmente pura poesia...Uma melodia que estremece meu coração e me deixa e sempre me deixou emotiva ao ouví-la ou até mesmo cantá-la, seguindo a letra.
Uma música que, parece infantil (foi gravada no disco "Casa de Brinquedos", da Polygram), porém, passa para nós, de qualquer idade algo de extrema beleza e emoção.
Cada verso tem um toque poético que faz relembrar minha infância.... minha adolescência....Bons tempos aqueles!!!
Acredito que esta emoção aguçada deve-se ao fato da minha paixão por escrever....E o caderno é este referencial, como diz a própria música:"Serei de você confidente fiel ..."
No verso da última estrofe, meu coração fica apertadinho ao ouvir ou ler " A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer..."
É, sou nostálgica, não tem jeito.....E as lágrimas, neste momento, já insistem em molhar o meu rosto.
Escrevia diários na adolescência, sempre gostei de escrever contos, poemas....daí o caderno ser esse grande amigo presente em minha vida, e hoje, remontando-me aos tempos que lá se vão...
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